Resenha: Howl's Moving Castel (O Castelo Animado)
Olá! Nós somos o Biblioteclando e no Biblio Indica de hoje trouxemos uma resenha sobre "Howl's Moving Castel" ou "O Castelo Animado", um filme de animação japonesa lançado pelo Studio Ghibli em 2004 e que foi baseado no livro de mesmo nome da autora Diana Wynne Jones. O foco desse texto vai ser apresentar alguns pontos de interpretação da mensagem que o filme quis passar, sem focar na descrição da história em si. Esperamos que gostem!
Plataforma onde pode ser assistido: Netflix.
Sinopse:
"Uma bruxa lança uma terrível maldição sobre a jovem Sophie, transformando-a numa velha de 90 anos. Desesperada, ela embarca numa odisseia na qual acaba parando no castelo animado, onde reside um misterioso feiticeiro chamado Howl que poderá ajudá-la a reverter o feitiço."
À primeira vista o espectador pode ficar meio perdido com todas as informações apresentadas no decorrer do filme, mas isso também serve de incentivo para procurar entender os sentimentos passados nele através dos detalhes, assim como nas diferentes facetas e motivações de cada personagem da obra. No universo de "O castelo Animado", a magia e a existência de bruxas e feiticeiros são tidos como algo completamente normal e a história se passa em um local que está em período de guerra.
o castelo de Howl |
A protagonista Sophie é a irmã mais velha da família e desde o início é mostrada como alguém que não se permite viver de forma mais livre e que possui uma baixa autoestima em relação à sua aparência. Já Howl, é um feiticeiro conhecido e popular entre as mulheres, porém odiado pelo governo por se recusar a participar da guerra. Quando introduzido, se pode sentir uma vibe extremamente boa e encantadora vindo de seu personagem, porém à medida que entramos mais na história descobrimos que por debaixo de todo o seu jeito leve, o seu interior é muito machucado e que, assim como Sophie, possui uma baixa autoestima que o leva a ficar totalmente angustiado quando ocorre mudanças em sua aparência que fuja do padrão de "loiro dos olhos azuis", ou em outros casos como na mostra da maldição que o mesmo possui.
Por ser uma adaptação do livro, ambos possuem várias diferenças e, claro, partes da história original foram cortadas no filme. Enquanto o filme apresenta um foco maior no amor, na construção da confiança própria e na situação sentimental e física que as guerras podem causar, o livro aborda com um foco especial mais explícito direcionado aos desafios de classe e gênero, mostrando isso junto ao desenvolvimento dos personagens. Uma das várias situações interessantes que não é mostrada explicitamente no filme é o fato de Sophie na verdade ter a mentalidade de por ser a irmã mais velha é natural que todas as coisas ruins aconteçam com ela e, levando isso como um tipo de fardo, ela sempre às aceita sem protestar.
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