Olá! Somos o Biblioteclando e no Biblio Indica de hoje trouxemos uma resenha sobre "Hae Ryung, a historiadora", dorama/série sul-coreana lançada em 2019 na qual a história é situada no início do séc. XIX. Esperamos que gostem!
Sinopse (oficial):
"Goo Hae-ryung luta contra os estereótipos de gênero e começa uma vida nova ao se candidatar ao recém-criado posto de historiadora oficial da corte coreana."
Plataforma onde pode ser encontrada: NETFLIX.
Nessa resenha irei falar por cima sobre a história e também deixar as minhas sinceras opiniões sobre a obra cinematográfica, focando mais nos aspectos de tradições, dos livros e dos historiadores. Lembrando que este texto tem apenas o objetivo de instigar sua vontade de conferir a série, não se preocupe que não irá ter spoilers que comprometam sua experiência como um todo! Então, vamos lá? 🎬
Bom, antes de começar, confesso que meu primeiro pensamento quando vi a foto da série no catálogo foi "hum mais um clichê daqueles doramas de época”, porém para minha surpresa NÃO ERA e na verdade passa bem longe disso! Essa obra é composta de diversos assuntos que com o passar dos episódios vão se completando mas sem perder o foco geral que é a existência dos chamados Historiadores e a sua real importância na trama e no contexto histórico daquela sociedade. Vemos isso desde o início, quando a protagonista juntamente com mais três jovens passam no primeiro concurso público direcionado à mulheres, assim entrando no palácio como aprendizes de historiadores.
Destacando aqui que até o momento só existiam historiadores homens, então mesmo abaladas com todo o preconceito e rejeição que receberam desde o momento que começaram, inclusive por parte dos próprios historiadores, elas se mantiveram fortes e se esforçando pelo devido reconhecimento.
Já no início da série é apresentada a protagonista Goo Hae Ryung, uma mulher de 26 anos que no primeiro episódio já deixa bem claro o quanto ama livros, preferindo os ocidentais e os científicos, e que não tem nenhuma intenção de se casar. Só nisso já vemos dois pontos contrários às tradições da sociedade naquela época:
1- As mulheres eram criadas com o objetivo principal de crescerem e se casarem com um homem de família bem financeiramente ou com um bom status, então o fato dela estar quase na faixa dos 30 e ainda não estar casada é considerado um tabu, como bem percebemos em alguns episódios;
2- Lá os livros dos tipos mencionados acima eram na verdade considerados heresias à própria cultura, isso por eles irem contra as crenças, lendas e rituais culturais feitos pelo povo e pela realeza para explicar, por exemplo, os fenômenos astronômicos existentes.
Agora, com a deixa dos gostos literários de Hae Ryung, podemos falar sobre o nosso segundo protagonista, o príncipe Dowon! Dowon, apesar de ser um príncipe, é na verdade deixado de lado pelo rei e mora exilado do resto da família real. E como se sente constantemente sozinho, ele encontra seu refúgio nos livros, tanto que anonimamente se tornou um escritor de romances! Vale ressaltar que a nossa prota não suporta livros de gênero romance KKKK. Um romance leve e cômico era o que precisava para equilibrar toda a trama e assuntos por debaixo dos panos que vão surgindo no decorrer da história.
Quanto ao clima entre os dois, ambos começam a gostar um do outro e as interações põe um sorriso no rosto do espectador, infelizmente demora um certo tempo para oficializarem a relação por conta de alguns acontecimentos nos últimos eps, mas se você não estiver procurando uma história unicamente focada no romance com certeza dá pra levar tranquilamente!
Alguns momentos marcantes ao meu ver
Já nos primeiros episódios, é mostrada uma situação extremamente triste e que retrata também a realidade de alguns lugares até os dias de hoje: a apreensão e censura de livros. Essa cena ainda no início do drama me fez perceber ainda mais o quanto o conhecimento tem importância e peso enormes por si só, e isso remete também ao verdadeiro poder dos historiadores.
Como apresentado na série, os historiadores têm a função de registrar todos os acontecimentos históricos que venham a ocorrer, e isso inclui acompanhar a realeza quando necessário e também, em todas as reuniões que viessem a acontecer, era obrigatória por lei a presença do historiador para anotar tudo falado e decidido dentro das quatro paredes. Logo, por conta de toda a importância do registro, é notável que as classes de alto poder possuem, por debaixo de todo o preconceito, um certo medo do peso que um caderno de um historiador possui sobre os seus segredos.

Em suma, é uma série que engloba muitos temas importantes e que além disso contém várias cenas cômicas acompanhadas de um romance leve e doce, mesclando bem os diferentes gêneros. Infelizmente se eu fosse falar sobre cada um dos assuntos e cenas marcantes, em especial uma de quase no fim que foi uma das mais emocionantes, ficaria um texto extremamente longo. Por isso deixo aqui a minha recomendação e incentivo para que você dê uma chance para Hae Ryung, a historiadora! <3 Obrigada por ler!
Publicação por: Ana Clara
Achei simplesmente perfeito! Bateu uma curiosidade enorme pra assistir agora!!!
ResponderExcluirFiquei super curiosa. Vou assistir com certeza🔅🏃♀️
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